Mesmo com a citação aos Lakers, a investigação ainda não aponta qualquer denúncia formal contra os principais nomes da franquia.
A pressão sobre a NBA cresceu de forma incomum nas últimas semanas, e esse movimento acabou colocando os Lakers no centro de um processo investigativo que já mobiliza advogados, dirigentes e até autoridades externas. A liga acionou um renomado escritório jurídico para conduzir a apuração e determinou que várias franquias preservem celulares, registros internos e toda a documentação ligada ao caso. Essa iniciativa marca a fase mais rígida do inquérito que tenta mapear um possível esquema de apostas ilegais.
Embora o tema não seja novo nos bastidores da liga, a situação ganhou outra dimensão quando dez funcionários dos Lakers foram incluídos no processo interno. Entre eles aparecem o preparador Mike Mancias e o executivo Randy Mims, que optaram por entregar seus aparelhos voluntariamente, reforçando a intenção de colaborar com a investigação. A presença de nomes tão próximos do ambiente cotidiano do elenco elevou a preocupação interna.
A atuação do Congresso norte-americano é outro fator que pressiona a NBA. Parlamentares querem entender como informações médicas e dados estratégicos teriam sido compartilhados sem que a liga percebesse o movimento antes. O questionamento principal gira em torno da possibilidade de jogadores e treinadores terem, de alguma forma, sido usados como ponte para repassar dados sensíveis a apostadores.
O nome mais citado até agora é o do ex-jogador Damon Jones, antigo auxiliar de arremesso de LeBron James e figura conhecida dentro de Los Angeles. Jones é acusado de fornecer dados confidenciais sobre lesões de atletas da equipe, comportamento que teria ocorrido ao menos em duas oportunidades. Apesar da gravidade do relato, LeBron e os demais profissionais mencionados não aparecem em qualquer denúncia oficial.
A liga reforça que todos os envolvidos têm cooperado integralmente desde o início. Segundo comunicado interno, a solicitação de documentos é apenas um procedimento padrão para garantir que nenhum dado seja perdido durante a análise, evitando falhas ou distorções no processo.
Diante da repercussão, a NBA estuda mudanças internas significativas. A ideia é endurecer a política de divulgação de informações médicas, criando protocolos mais rígidos, relatórios padronizados e critérios de acesso limitados. Essas normas já eram debatidas há meses, mas a investigação acelerou a necessidade de revisão.
Há também a possibilidade de a liga implementar um sistema de monitoramento específico para funcionários que lidam diretamente com relatórios de lesões. O objetivo seria impedir vazamentos antes da publicação oficial e criar rastreamento interno mais eficiente, algo considerado essencial após o caso envolvendo os Lakers. Além disso, executivos estudam uma atualização no código de conduta para franquias, reforçando punições e aumentando o controle sobre situações relacionadas a apostas esportivas.
A percepção dentro da liga é que esse episódio vai se estender pelos próximos meses e que mais detalhes ainda surgirão. Nos bastidores, dirigentes afirmam que a investigação pode ser um divisor de águas na maneira como a NBA gerencia informações e interage com o mercado de apostas, que se tornou um pilar relevante da receita da liga nos últimos anos.