Mesmo em meio a pandemia, CBF manteve a decisão de não paralisar os campeonatos.
Quando todos já imaginavam que a pandemia do coronavírus estava começando a se encaminhar para o fim, um novo surto acabou elevando os casos de infectados e mortes. Mesmo em meio ao auge da pandemia no país, a CBF manteve a decisão de não paralisar os campeonatos, ainda que muitas pessoas e órgãos se mostrassem contra esta atitude da confederação.
Na manhã desta quarta-feira (10), a entidade máxima do futebol brasileiro divulgou um relatório onde aborda a efetividade do seu protocolo de segurança e combate ao Covid-19. Foi justamente por conta disso que a CBF manteve a decisão de não paralisar os campeonatos, apesar do país estar vivendo um caos por conta da pandemia.
“A aplicação do protocolo sanitário, com a convicção ainda mais forte que nós já tínhamos no ponto de vista teórico, em agosto, quando retomamos. Mas agora com convicção da aplicação na prática. O futebol é seguro, controlado, responsável e tem todas as condições de continuar”, afirmou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Logo em seguida, Jorge Pagura, que é médico e coordena este setor na CBF, mostrou novos dados e trouxe informações sobre o protocolo que levou à não paralisação dos campeonatos pelo país.
“Trabalhamos em conjunto para que a gente pudesse realizar nossa atividade. Somos médicos, treinados para salvar e não há nada mais importante que a vida. Reconhecemos também o problema social como perda de empregos. Tentamos unir preservação da saúde de qualquer maneira e tentar elaborar um protocolo que preenchesse alguns preceitos. 1º: segurança de todos; 2º: controlabilidade; 3º: manutenção das atividades. Isso norteou o nosso trabalho. Rapidamente eu gostaria de dizer como funcionou o protocolo. Tivemos a honra de comandar uma comissão técnica que consta com o maior número de especialistas no nosso país. Colocamos médicos que já tinham experiência muito grande no futebol para que fizessem a interface com os nossos médicos e todos os clubes, que foram ouvidos antes do protocolo”, disse o médico.
Mortes por Covid-19
O Brasil vem enfrentando o seu pior momento em relação à pandemia, sendo que os números começaram a se elevar após as flexibilizações nas restrições. Além disso, a inércia do governo federal num plano de vacinação e de combate ao Covid-19 acaba fazendo com que os números sejam ainda maiores. Para piorar, a falta de leitos acaba acarretando num número alto de óbitos.
Somente nas últimas 24h, 1954 pessoas perderam a vida por conta do Covid-19, recorde para um único dia no país. Em relação ao mês de março, quase 14 mil pessoas morreram nos primeiros dez dias. Enquanto isso, aproximadamente 270 mil brasileiros já perderam a vida por conta do coronavírus.