Protestos seguem proibidos nas Olimpíadas e Paraolimpíadas
COI
confirma que punirá atletas que protestarem
A morte brutal de George
Floyd, homem negro de 46 anos, nos Estados
Unidos, reacendeu a discussão sobre racismo. Floyd foi assassinado por asfixia por um policial branco no último
dia 25 de maio, em Minneapolis. Primeiramente, a onda de protestos tomou conta
do país da América do Norte. No entanto, aos poucos, foi tomando conta de
outros países e continentes.
O mundo esportivo não poderia ficar de fora dos protestos
contra o racismo e os atletas começaram a passar suas mensagens. Os esportistas
começaram a se ajoelhar para protestar, ato em alusão ao sufocamento sofrido
por George Floyd. Contudo, parece que nem todo mundo está satisfeito com esta
situação e punições podem começar a ocorrer.
De acordo com o The Telegraph, o Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que os atletas seguem proibidos de protestar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Segundo a entidade, não haverá uma flexibilização em relação à regra 50 da Carta Olímpica. Pela regra mencionada, “não é permitida em qualquer instalação Olímpica qualquer forma de manifestação ou de propaganda política, religiosa ou racial”. Os atletas que infringirem isso estarão sujeitos a punições.
Não é comum haver protestos nos Jogos Olímpicos, porém o
COI já vem buscando se precaver quanto ao assunto. Um caso emblemático relacionado
ao racismo aconteceu em 1968, nas Olimpíadas da Cidade do Médico. Tommie Smith
e John Carlos, atletas negros norte-americanos, abaixaram suas cabeças e levantaram
os braços com punhos cerrados (símbolo ligado à esquerda e ao grupo antirracista
“Panteras Negras”) para protestar contra a desigualdade racial no pódio.