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O Ministério da Economia recebeu mais de mil sugestões sobre como regulamentar as apostas no Brasil

A pasta já recebeu diversas sugestões para esse regulamento e a ideia é que tenha uma definição até dezembro deste ano A pasta já recebeu diversas sugestões para esse regulamento e a ideia é que tenha uma definição até dezembro deste ano

O governo brasileiro deseja definir a regulamentação das apostas no Brasil até o fim do ano, mais precisamente até dezembro. No mês de agosto, o Ministério da Economia recebeu cerca de quase 1.200 sugestões, entre elas estavam sugestões de brasileiros e estrangeiros, sobre como regulamentar essa atividade no país. Grupos muito organizados de investidores do ramo se uniram a favor da causa e estão lutando por isso, para que seja regulamentado em um prazo menor do que o estipulado.

No dia 29 de julho, a pasta abriu uma consulta pública que durava até o final de agosto. O intuito era que fossem coletadas idéias sobre as chamadas apostas esportivas de quota fixa, modalidade em que o apostador tenta prever o resultado de eventos reais, como partidas de futebol por exemplo.

O que surpreendeu a área econômica foi o interesse pela definição das novas regras da atividade, visto que, as consultas públicas sobre temas semelhantes não ultrapassavam a marca de 70 sugestões, assim como em quase nenhuma outra área e nessa consulta foi ultrapassado a marca de 1.100 sugestões.

O que pretende a equipe econômica é apresentar no máximo até dezembro, uma minuta de decreto sobre esse tema ao Governo e ao Congresso. Segundo a lei que foi sancionada em dezembro de 2018, o Ministério da Economia tem até o final de 2022 para definir a regulamentação das apostas no país. No entanto, esse prazo pode ser prorrogado até 2024.

Modelos de fora do país

Com base a proposta de decreto, a ideia é que seja aberta uma nova consulta pública, e que a regulamentação definitiva esteja pronta em um prazo muito menor do que o previsto. Foram feitas estimativas não oficiais de que o mercado brasileiro de apostas eletrônicas sobre eventos esportivos é de cerca de R$ 4 bilhões.

De acordo com o subsecretário de prêmios e sorteios da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) Waldir Marques, da pasta, além de tornar legal uma série de serviços online de apostas que hoje opera no país ainda em um limbo jurídico, o potencial econômico da regulamentação é enorme:

“A ideia é trazer isso para a legalidade para gerar recursos, renda, fonte de emprego para as pessoas. Essa é a ideia do ministério. Esse mercado já está aqui dentro e não está gerando recurso nenhum para o governo” — afirma Marques. — Além disso, o mercado físico irá gerar emprego imediato para muitas pessoas, e o online gera renda para todo mundo.

Ainda segundo ele, a equipe econômica está analisando modelos regulatórios estrangeiros para entender o que pode ser construído aqui:

“Estamos procurando as melhores práticas mundo afora. Queremos focar no controle social dessa atividade, um controle que evite vícios (por menores de 18 anos), que estabeleça prevenção à lavagem de dinheiro e à manipulação de resultados de jogos.” Finalizou o subsecretário.

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