Com mais destaque do que os jogadores, VAR concorre a prêmio de “Mico 2019”
Em
boa parte das rodadas do Campeonato Brasileiro, o VAR se destacou mais do que
os craques que aqui atuam, e não foi positivamente
A cada confronto do Brasileirão, sempre tem um craque na rodada. No entanto, ultimamente fica difícil escolher um e se você pensou muito antes de escolher, talvez o motivo seja outro. Visto que, o VAR tem sido o grande destaque do campeonato e roubado as atenções após as partidas. Nesta rodada 23° novamente foi cheia de polêmicas e decisões nas quais mudaram resultados importantes que deixaram os clubes e seus torcedores descontentes. Quatro lances específicos chamaram a atenção.
O primeiro deles foi no empate entre Cruzeiro e Internacional, na qual a partida se encerrou em 1×1 no
Mineirão. O gol do Cruzeiro se originou de um pênalti marcado após intervenção
do árbitro de vídeo (VAR). Na qual o
juiz da partida Wagner do Nascimento
Magalhães foi chamado para revisar um lance de disputa entre Patrick e
Orejuela. Fred foi quem bateu e empatou o marcador, gol que salvou o Cruzeiro
de mais uma derrota na competição. Jogadores e pessoas ligadas ao departamento
de futebol colorado, além da torcida, ficaram indignados com a decisão. Se foi
ou não pênalti, se não aconteceu, o Inter foi claramente prejudicado pelo VAR.
Além disso, o assunto foi destaque em programas e debates a exaustão.
Já no “duelo dos desesperados” de dois clubes que lutam
para sair da zona de rebaixamento, o destaque ficou por conta do pênalti
polêmico anotado a favor da equipe da casa, o CSA que bateu o Avaí por
3 a 1, em Alagoas. Na qual o jogo estava empatado em 1 a 1, o lance esquentou o
clima no estádio Rei Pelé. O juiz gaúcho Anderson
Daronco não marcou uma suposta infração de Léo que teria empurrado Ricardo
Bueno na área. Após rever o lance pelo VAR, em uma longa consulta, Daronco
anotou pênalti convertido pelo CSA. Alguns defendem que não houve falta e que o
atacante teria se jogado no chão, portanto penalidade ilegal.
No jogo do Palmeiras,
mais um lance polêmico que esquentou as discussões da rodada. O Verdão que
reclamou em outras rodadas de arbitragem deve ter ficado feliz com a decisão do
árbitro Rafael Traci no empate com o
Atlético-MG por 1 a 1, em casa. O Galo
reclamou a não marcação de um pênalti de Felipe Melo no zagueiro Igor Rabelo. O
Lance aconteceu em uma cobrança de escanteio e o volante do Palmeiras teria
deslocado pelas costas o jogador do Atlético. O árbitro não marcou nada e nem
foi acionado pelo VAR para a revisão do lance. Para alguns, Felipe Melo teria
cometido a falta, por tanto pênalti.
A vitória do Flamengo,
líder da competição também teve polêmica. O gol de Bruno Henrique na vitória
sobre o lanterna Chapecoense por 1 a
0 foi cercado de polêmicas e com a decisão do VAR. Para alguns, o atacante do
Flamengo estaria impedido, mas o lance analisado pelo árbitro de vídeo
considerou que o zagueiro Douglas dava condição para Bruno Henrique. Portanto,
gol legal.
No entanto, ainda dá tempo de salvar o VAR, uma das
melhores ferramentas tecnológicas criadas para deixar o futebol mais justo. O
Chefe de Arbitragem da CBF poderia publicar uma tese pública no site da CBF
dando exemplos do motivo de cada decisão da rodada, com explicações ou até
mesmo assumindo que erros foram cometidos, que serão corrigidos. Seria uma
forma de explicar e até mesmo ensinar o que muitos não entendem de uma regra
que deveria ser clara, objetiva.
Ao ver as imagens, é nítida e infração de Bruno Henrique,
claramente impedido no lance. Além disso, é possível ver Felipe Melo empurrar o
zagueiro do Galo Igor Rabello na área. Só nós vimos isso? O VAR não pediu a
revisão por que? Anderson Daronco também não poderia ter voltado atrás no
pênalti para o CSA.
O lance do Fred batendo aquele pênalti também é
vergonhoso, inexistente. Desse jeito que está, o VAR tem tudo para receber o Prêmio
Mico 2019.